sábado, janeiro 26, 2008

Eric Clapton - A Autobiografia (ou O Evangelho Segundo O Pai de Jesus Cristo)




A Autobiografia de Eric Clapton (Ed. Planeta) registra detalhes de sua trajetória profissional, alguns por demais conhecidos do público, mas nunca deixa de ser interessante conhecer a visão pessoal de quem realmente viveu os fatos ou como se deram certas transformações e; ao mesmo tempo é um relato comovente de sua vida pessoal. 
No que tange a vida artística, Clapton discorre sobre o amor à música e à guitarra, seus grandes mestres do blues, as bandas que integrou: Yardbirds, John Mayall and The BluesBreakers, Cream, Blind Faith e a carreira solo, fala ainda dos amigos músicos, um destaque é George Harrison com quem dividiu o amor à música, à guitarra e uma esposa.
O que sempre interessou ao guitarrista foi mesmo tocar, não deixando boas impressões de todo o resto que circula ao redor do showbussinness. As drogas, farras e bebedeiras não parecem de maneira alguma representar os melhores dias de sua vida.
Clapton fala abertamente de todas as loucuras e dores vividas, desde a confusa relação com a mãe de quem acreditava ser irmão tendo sido criado por seus avós como se esses fossem seus pais; passando pelos atordoados relacionamentos amorosos; o inferno das drogas que quase o tiraram de circulação por algumas vezes; o alcoolismo e todo seu trabalho de recuperação e; a traumática morte de seu filho Conor. O maior foco do livro é mesmo o lado humano daquele que ficou conhecido pelo apelido de “Deus”, expondo todas as suas fragilidades de maneira bem direta e crua. Eric Clapton nunca teve vocação para rockstar ainda que hoje seja uma das maiores lendas (vivas) da história da música popular. No final do livro ao concluir que finalmente conseguiu constituir uma família após os 50 anos de idade casando com a jovem Melia que tem quase metade de sua idade e com quem teve três filhas (ele tem mais uma filha fruto de relacionamento anterior ao casamento), Clapton deixa escapar o sentimento que isso sempre fora o que ele realmente quisera ter durante toda a vida, uma família e um lar (com direito a boas caçadas e pescarias nas horas de lazer). Algo deveras simples (e difícil) para quem foi (é) considerado Deus.

3 comentários:

  1. peguei nesse livro hj! li aquela parte q tem falando sobre o ele, coloquei a mao no bolso, coloquei ele na estante d novo e fui embora!

    ResponderExcluir
  2. Não li o livro, mas fiquei um tanto desapontado ao saber que nele Eric Clapton defende a caça como forma de combater stress.

    Abraços
    Michael Meneses!

    ResponderExcluir
  3. Ae Robert esse livro é meu. Depois passo ai pra pegar!

    ResponderExcluir